terça-feira, 21 de junho de 2016

Isaak Asimov critica a aprendizagem forçada



Não existe, em algum laboratório, um cérebro-modelo com o qual os outros devam ser comparados para serem considerados normais. Esse princípio, defendido pelo psicólogo e escritor Thomas Armstrong, guia as mais profundas e pertinentes discussões sobre a valorização e o respeito às diferenças dentro e fora das escolas.

Muito antes de surgir o termo neurodiversidade, o mestre da ficção científica Isaak Asimov resumiu, em uma entrevista, a necessidade de uma revisão no sistema educacional que tenta encaixar em um formato padrão mentes com inclinações diversas e em diferentes estágios de maturidade.
O que as pessoas chamam de aprendizagem é algo forçado. Todos são forçados a aprender a mesma coisa, no mesmo dia e no mesmo ritmo. Mas um é diferente do outro. Para alguns, as aulas são muito aceleradas, para outros muito lentas e para outros são apresentadas em uma direção errada. Mas garanta a todos a chance de seguir sua inclinação, de descobrir seus interesses em seu próprio ritmo, na hora certa, e todo mundo irá gostar de aprender.

Isaak Asimov em entrevista a Bill Moyers (A World of Ideas, 1988)